Estes resultados indicam quais os grupos de crianças e adolescentes que devem ser alvo de políticas e intervenções de saúde pública destinadas a corrigir as desigualdades sociais.
Os resultados deste estudo mostram que uma proporção significativa de adolescentes pode ter tido ideação suicida durante a crise sanitária da COVID-19, mas que estas taxas são comparáveis às anteriores à pandemia.
Este estudo mostra que 13% das crianças e adolescentes foram gravemente afectados pela pandemia de COVID-19 em Genebra. As pessoas que sofrem de um problema de saúde crónico, que vivem num ambiente familiar desfavorável ou cujos comportamentos de saúde se deterioraram em consequência da pandemia estavam particularmente em risco. O impacto grave da pandemia foi, por sua vez, associado a uma redução da qualidade de vida e da saúde mental, mesmo depois de as restrições sanitárias terem sido levantadas.
Este estudo mostrou que uma proporção significativa de crianças e adolescentes sofria de sintomas persistentes após a infeção com COVID-19, compatíveis com a síndrome pós-COVID. O grupo etário dos 12 aos 17 anos parece ser o que corre maior risco de desenvolver estes sintomas. Estes resultados sublinham a importância da deteção precoce e da gestão pelos cuidados primários.
Ainda pouco exploradas, as perspectivas de tempo futuro (PTF) e as preocupações dos adolescentes descritas nesta investigação realizada em Genebra sublinham a necessidade de implementar intervenções que reforcem a resiliência dos mais jovens em relação ao futuro.
Os resultados do estudo mostram que os adolescentes com acne que praticam uma atividade física regular e beneficiam de um bom apoio social têm uma melhor qualidade de vida em relação à sua acne, o que se traduz numa melhor saúde mental. Por outro lado, o tempo de ecrã e a utilização das redes sociais reduzem consideravelmente esta qualidade de vida. Os dermatologistas devem integrar estas considerações na sua prática clínica para garantir um tratamento eficaz dos doentes.
